segunda-feira, 24 de setembro de 2012

QUASE DEU CERTO.




...Então Agripa disse para Paulo: “Você quase me persuade a me tornar um cristão.” Atos 26:28


    “Ainda pior do que a convicção do não, e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou, ainda joga, quem quase passou, ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou, não amou.”
                                                                                                Luís Fernando Veríssimo
          O “quase” é um drama que muitos de nós vivemos, muitas vezes ao invés de nos conformamos com a meta não alcançada, com o casamento que chegou ao término, o time que perdeu e muitas outras atribuições negativas, colocamos a palavra “quase” como um escudo para justificar o nosso sentimento de incompetência, até porque essa lamentação se torna mais fácil de ser aceita por nós mesmos do que pensarmos que poderíamos ter nos esforçado mais, lutado mais, procurado outras estratégias e quem sabe acreditado mais.
        Usamos aqui então o exemplo: “Meu casamento quase deu certo”. Para quem já viveu ou está vivendo esse drama, bem sabe que o fato de quase ter dado certo não contribui em nada, não basta ter quase dado certo se acabou, não basta quase ter durado muito, se não durou. A vida conjugal não proporciona essa opção de quase dar certo, não existe ninguém quase feliz, ou é feliz ou não é, não existe casamento que quase deu certo mas que ainda continua de pé.
       Como vemos no texto acima, Agripa faz uma declaração interessante a Paulo: “Você quase me persuade a me tornar um cristão.” Atos 26:28. Agripa sabia da veracidade do evangelho, ouviu das coisas que Deus havia feito na vida de Paulo, mas isso não foi suficiente, ao invés de acreditar e se tornar participante dessa fé em Cristo Jesus, ele preferiu ficar em cima do muro usando a palavra “quase”, em outras palavras ele estava dizendo a Paulo: “ Foi por pouco”, Agripa esteve quase salvo, mas totalmente perdido, quase esteve  no caminho do céu, mas continuou a passos largos no caminho da perdição. O Fato de quase aceitar a Cristo, não produz vantagem alguma, aqui ele expressa um sentimento que massageou seu ego, dizendo a Paulo que ele quase tinha conseguido seu objetivo, ou quem sabe em palavras simplificadas: “Faltou muito pouco, você quase conseguiu Paulo”.
          Não existe quase grávida, nem quase céu e bem menos quase inferno, ninguém poderá ficar no meio termo a vida toda. Um time de futebol que “quase” ganhou a partida, a perdeu, o filho que “quase” saiu das drogas, ainda permanece, o casamento que “quase” deu certo acabou, o visitante que foi a Igreja, se emocionou com os louvores, chorou ao ouvir a Palavra e após o término do culto “quase” aceitou a Cristo, não obteve nenhum benefício em ter ido a Igreja, embora tenha ficado muito perto da salvação, continua a caminho da perdição.
       Senão atentarmos para um despertar, passaremos a fazer parte do grupo dos “quase”, já pensou sobre isso? Já pensou ter uma vida cheia de arrependimentos no futuro por ficar no quase? Quase chegamos ao céu, quase mudamos de vida, quase fomos vitoriosos, quase conquistamos o amor e o respeito de nossa família etc... Pense sobre isso, o que será que temos feito para que as coisas deem certo em nossas vidas? O tempo que estamos dedicando a nós mesmo está bom? Ou “quase”? Será que o nosso casamento está bom, ou quase? A Fé que nós temos, é uma fé boa, grande, forte, inabalável? Ou é quase isso? O Deus a qual servimos é suficiente em nossas vidas? Ele realmente transformou nossas vidas? Estamos felizes em servi-lo? Ou é quase isso? Se for tudo quase, fique ciente de que na verdade não é nada.
Israel Junior
        

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